<audio autoplay>
<<audio cat play>>
</audio>
Anúncio
<img src="https://live.staticflickr.com/17/92866696_5c2b78b386.jpg">
Seu gatinho fofo te segue dia e noite?
Te encara com olhos penetrantes?
Está sempre no mesmo cômodo, mesmo quando você tranca a porta?
Talvez seu gato saiba mais do que você imagina.
O quê você pensa ao ver o anúncio?
Sim, me sinto vigiado. [[O SINAL]]
Tem algo estranho nesse anúncio... conheço esta letra! → [[CARTA DO OUTRO EU]]
Gato? Prefiro cachorros. [[O CÃOZINHO]]
<<audio default stop>>
<<audio dog play>>
Nâo gosta de gatos? Tudo bem!
Meu nome é Otávio. Me adote?
<img src="https://live.staticflickr.com/3474/3777170867_0309e73a68.jpg">
Adotar Otávio. [[ROTA OTÁVIO E ÂNGELA]]
Oferecer Otávio aos seus amigos. [[TEXTO FLORISBELA – CARTÃO DE FLORISBELA]]
Voltar ao anúncio. [[ANÚNCIO INICIAL]]
<<audio default play>>
Cartão de visita
Florisbela
Rua Prof. Isabel, n. 7 – S.J.B. – RJ
Maquiadora profissional.
Deixar Otávio na rua → [[O JULGAMENTO FELINO]]
Abrir uma página do diário de Florisbela → [[DIÁRIO FLORISBELA PÁGINA 1]]
Ir ao salão de beleza de Florisbela no endereço do cartão. Lá você encontrará alguém especial e deve ajudá-la→ [[ROTA DE VITY]]
Ignorar e voltar ao anúncio → [[ANÚNCIO INICIAL]]
O SINAL
Você entendeu o nosso sinal.
Este anúncio não era sobre gatos.
A nova ordem mundial do Roxo está se consolidando.
Este anúncio é um aviso sobre os sistemas de rastreamento humano com felinos.
Sim, os gatos estão vigiando!
Nossos dados estão nas nuvens, nos satélites, nos olhos roxos da Lua.
Você está pronto para se libertar?
Prefere o julgamento final?
Quero saber a verdade. [[ALERTA OFICIAL]]
Quero fugir do sistema. [[FUGA DO SISTEMA]]
Me entregar ao julgamento. [[O JULGAMENTO FELINO]]
Finalmente o encontrei. Usei este anúncio para chamar sua atenção.
Aqui onde estou, o tempo não existe.
Sou uma versão sua que terminou a leitura deste livro.
Habito uma dobra do possível onde é possível escrever o inacabado.
Precisamos conversar.
Escolha:
Ignorar o alerta da carta. [[IGNORAR O ALERTA]]
Conversar. [[FOLHA EM BRANCO]]
ALERTA OFICIAL
<audio autoplay>
<source src="https://www.dropbox.com/scl/fi/woijq6agsc8jgq72z0k5f/274989__theshaggyfreak__cat-meowing.mp3?rlkey=w5euynaiai0gglt8tyjwscxbn&st=258o3mut&raw=1" type="audio/mpeg">
</audio>
VOCÊ FOI ENCONTRADO!!!!
NÍVEL DE SIGILO FELINO: 10 MIAUS VIOLETAS!!!
Cidadão [usuário-000291z,
Você acessou uma zona de comunicação restrita.
Você sabe demais.
Escolha o que fazer:
Ignorar o alerta. [[IGNORAR O ALERTA]]
Tentar desligar seus aparelhos. [[FUGA DO SISTEMA]]
FUGA DO SISTEMA
Você não pode fugir...o roxo te viu.
Desligamos sua câmera.
Cancelamos sua internet.
Toda poeira é um sinal.
Há uma mensagem para você.
Escolha ouvir a mensagem ou fingir que nada aconteceu.
Ouvir a mensagem de áudio. [[FRAGMENTO DE ÁUDIO]]
Fingir que não aconteceu nada. [[ANÚNCIO INICIAL]]<<audio default stop>>
<<audio cat play>>
JULGAMENTO FELINO
RELATÓRIO DE INFRAÇÃO ANIMAL INTERDIMENSIONAL:
Você será executado em 3 semanas no tempo felino.
Escolha:
Execução [[TEXTO JULGAMENTO É AGORA]]
Enfrentar julgamento [[ROTA DA ONÇA]]
<<audio default loop play>>
Querido diário,
Hoje me senti desafiada no trabalho. Minha amiga Joana me pediu para maquiar seu bebê.
Fiquei feliz ao saber da notícia, pois é sinal de que ela confia em minha arte... mas, infelizmente, recusei o trabalho ao ver o modelo.
Escolha:
Continuar lendo o diário. [[DIÁRIO FLORISBELA PÁGINA 2]]
Voltar ao anúncio. [[ANÚNCIO INICIAL]]
<<audio ":playing" stop>>
<<audio perigo play>>
Você ignorou o alerta.
De repente, você sente uma luz roxa iluminando o seu quarto.
Você escuta vozes em sua mente. Um delas fala sobre alguém que "venceu" o roxo. Você fica confuso.
Conhecer quem venceu o roxo [[OUR QUEEN]]
Fugir do roxo. [[ROTA DO ROXO]]
Acordar deste sonho [[ROTA DO SEQUESTRO]]
<<audio :playing stop>>
VOCÊ ESCUTOU A VOZ.
<audio autoplay>
<source src="https://www.dropbox.com/scl/fi/j83gg1a6idsjcx793py01/Zelda-_fragmento_.mp3?rlkey=8m01xbyukfgsmdiezpklhk4f9&st=yegdkpqg&raw=1" type="audio/mpeg">
</audio>
Você escutou a voz que atravessa o tempo e a dobras do infinito.
Abafada, múltipla.
Mil gritos com a voz de uma só pessoa que se chamava Zelda.
Você deve escutar o sinal.
Escolha:
Reler o sinal. [[O SINAL]]
<<audio default stop>>
<<audio love play>>
OUR QUEEN
Long live our queen: Lucas!
She has escaped the purple!
She reigns supreme!
This is how she did it:
Descubra o segredo da rainha: [[CORAÇÃO]]<<audio ":playing" stop>>
<<audio roxo play>>
Você acordou em um lugar desconhecido e não consegue distinguir nada além da cor roxa daquela sala.
O roxo lhe paralisa e você não consegue se mover.
Os lilases e violetas pareciam lhe sussurrar:
“Demônios.”
Escolha:
Ler o texto no livro "Dividir-me-ei em três" [[LIVRE!]]
Não ler o texto no livro "Dividir-me-ei em três" [[ME LIBERTEI!]]
<<audio default stop>>
<<audio perigo play>>
Você acorda com o gosto estranho na língua.
Você percebe que está em um carro. Mas não sabe para onde vai, nem como chegou ali.
Seu corpo inteiro dói. Sua mente, mais ainda.
As lembranças vêm cortadas. Picotadas. Imagens inverossímeis, talvez inventadas, talvez verdadeiras.
Seu corpo, você sente, fala a verdade, mesmo que sua mente queira apagar o que havia acontecido.
Há vozes ao redor.
— Calma, tá seguro agora. — Disse o motorista.
— Já passou. Você tá com a gente. – Complementou um segundo, alisando a sua perna.
— Te encontramos. — Comentou o terceiro.
Você pergunta, com esforço:
— Quem são vocês?
Um dos homens responde:
— Olha... Pode me chamar de Batman e esses outros aí trabalham comigo. Somos os quatro policiais que te resgataram.
Você tenta entender. Mas nada faz sentido.
Uma mulher, também de uniforme, está sentada à frente. Ela não fala. Mas observa tudo com olhos duros.
Você precisa decidir:
Ficar calado e observar: [[TUDO ERA ROXO]]
Tentar falar algo, mesmo sem saber o quê [[O SILÊNCIO RESPONDE]]
<<audio love stop>>
<img src="https://live.staticflickr.com/5252/5434609180_5a172c9dfc_b.jpg">
Vida longa à rainha!
vá para: [[ANÚNCIO INICIAL]]
<<audio thriller stop>>
Agora que estamos mantendo contato, quero te conhecer também.
Aqui está o meu caderno. Pode escrever nele.
Me conte o seu próprio conto.
<img src="https://live.staticflickr.com/7163/6507071701_6ca8c60cb6_b.jpg">
Eu lerei... na dobra do possível.
Após escrever, você prefere:
Leia o epílogo [[EPÍLOGO]]
Pedir para que Zelda apresente um número artístico [[ASSISTIR ZELDA]]
Ou escute o pedido de Zelda [[TEXTO PEDIDO DE ZELDA]]
Obrigada pela mensagem.
Eu, Zelda, a entregarei ao destinatário.
Agora você também faz parte das dobras do possível.
Zelda desaparece e deixa um pacote para trás. Você pode abrí-lo ou reler o anúncio inicial.
Examinar o pacote [[O PARAQUEDAS]]
Voltar ao anúncio. [[ANÚNCIO INICIAL]]
"//Peço, encarecidamente, que ajude Isabel a se recompor. Procure por Floribela//"
(ZELDA, 2025; ecos de fragmento em dobra não mapeada)
Você sente que não está mais em nenhum dos caminhos anteriores. Zelda te encontrou. Mas não está inteira. Algo está se desfazendo nela — ou em você.
Escolha:
Procurar por Isabel dentre os mortos. [[TEXTO FLORISBELA – CARTÃO DE FLORISBELA]]
Escrever sobre Isabel. [[DOBRAS DO POSSÍVEL]]
Querido diário,
Mais um cliente satisfeito me presenteou com uma joia inestimável para minha relíquia.
Não me lembro o nome do moço caridoso, mas haviam facilitado o meu trabalho, quebrando-lhe a cabeça: tal qual a casca de um ovo.
Também recebi um convite interessante de minha vizinha Joana. Ela vai comemorar o aniversário de seu filho! O bebê é uma graça!
Joana disse que conta com minha presença pois não convidou muitos amigos.
Escolha:
Continuar lendo o diário. [[DIÁRIO FLORISBELA PÁGINA 3]]
Aceitar o convite para o aniversário do bebê. [[CONVITE DE JOANA]]
Voltar ao anúncio. [[ANÚNCIO INICIAL]]
Querido diário,
Hoje minha cliente era elegante. Uma senhora loira de traços conservados. Deixá-la bonita foi fácil. Pensei que, pela beleza de minha modelo, ela poderia contribuir ao meu tesouro.
Que surpresa tive ao abrir-lhe a boca! Tentei tirar um souvenir daquela mulher tão fina, mas o cheiro de podre de sua língua me enjoou.
Desisti e devolvi a senhora assim que terminei.
A filha ficou muito feliz com o meu trabalho. Viu a mãe e sorriu.
Escolha:
Continuar lendo o diário. [[DIÁRIO FLORISBELA PÁGINA 4]]
Voltar ao anúncio. [[ANÚNCIO INICIAL]]
Querido diário,
Estou exausta.
Hoje tive serviço em triplo!
Acredita que maquiei uma casa inteira?
A família entrou em uma histeria que começou com o filho. O rapaz, em uma festa caiu no samba e dançava com tanta alegria que até convenceu o pai, que entrou na roda também. Não demorou muito para que os dois convencessem a mãe a se juntar na brincadeira.
Quando os três perceberam, já não podiam parar e nem queriam! Quando quiseram, não conseguiram.
Morreram os três enquanto dançavam.
Maquiei-os hoje como se fossem desfilar no carnaval.
Escolha:
Continuar lendo o diário. [[DIÁRIO FLORISBELA PÁGINA 5]]
Voltar ao anúncio. [[ANÚNCIO INICIAL]]
Querido diário,
Hoje trabalhei apenas com mulheres. Uma garota de rua que se chamava Ângela, uma mulher adulta cujo nome era Vit... acho que Vitória e outra que se chamava Bethânia. Todas me deram lindas peças para minha coleção. Farei uma oração de agradecimento.
Escolha:
Continuar lendo o diário. [[DIÁRIO FLORISBELA PÁGINA 6]]
Voltar ao anúncio. [[ANÚNCIO INICIAL]]
Querido diário,
Hoje o dia foi peculiar. Meu modelo se chamava Adalberto e seu caso me fascinou.
Não sei explicar o que senti no momento em que o vi senão descrever como incômodo.
Ele era jovem e fora morto pelo próprio pai, um policial. “Homofobia”, me disseram.
Com a minha arte, decidi devolver-lhe um resquício de vida — ainda que morto.
Escolha:
Continuar lendo o diário. [[DIÁRIO FLORISBELA PÁGINA 7]]
<<audio ":playing" stop>>
<<audio terror play>>
PEDRO COMPLETA MAIS UM ANO DE VIDA!
É com muita alegria que tenho o prazer de convidar você e sua família, para o aniversário de meu filho querido. Não esqueçam de trazer um presentinho!
Assinado: Joana
<img src="https://live.staticflickr.com/3053/2747922613_6ac738d36c_b.jpg">
Escolha:
Confirmar presença. [[TEXTO ANIVERSÁRIO DO BEBÊ DE JOANA]]
Voltar para a leitura do diário de Florisbela. [[DIÁRIO FLORISBELA PÁGINA 3]]
Ignorar o convite e pegar algum tranporte para ir para casa [[ROTA DO TRANSPORTE]]
A nossa anfitriã, Joana, usava um vestido preto e me recebeu em sua porta.
Ao entrar, percebi que o salão estava vazio. Entreguei-lhe o presente que comprara para Pedro e sentei-me.
Na festa, havia eu, Joana e uma amiga sua de longa data: uma vizinha. A moça se apresentou, e o que me lembro é que era uma maquiadora e se chamava Florinda.
Ao canto da sala, Pedro dormia em um berço. O bebê estava imóvel. Seu corpo encoberto deixava escapar uma mãozinha branca e delicada. Joana pediu a todos para que ninguém se aproximasse do aniversariante no berço. O bebê havia passado a noite em claro, mas agora, finalmente, dormia.
Escolha:
Respeitar o pedido de Joana. O aniversário segue silencioso e você cai no sono. [[ANÚNCIO INICIAL]]
Inclinar o pescoço e olhar o bebê. [[REVELAÇÃO DO BEBÊ]]
O julgamento é agora
<img src="https://live.staticflickr.com/51/164785542_4ab59feb4f_b.jpg">
Abra a porta.
Deixe os gatinhos entrarem.
Adote.
Observe.
Eles saberão o momento.
Você pode: aceitar os gatinhos. [[O segredo de Luna e Ramone]]
Ou você pode ignorá-los; [[ROTA DA ONÇA]]
<<audio ":playing" stop>>
<<audio roar play>>
Quando você pensava que tudo havia se encerrado, um furacão de poeira dourada se ergueu do chão, e de dentro dele surgiu uma onça, a rainha do tribunal. Ela usava veste de juiz, peruca e carregava um martelo em sua mão.
Ela não rosnou. Apenas o olhou e disse:
— Vamos jogar um jogo de linguagem. Se vencer, Zelda te ouvirá. Se perder... eu te comerei.
“O conto ‘Ideias Íntimas’ é uma paródia direta de qual obra do Romantismo brasileiro?”
1. Não compre este livro
2. Cerrado Colorido
3. Voices from the South
4. Noite na Taverna
Se você escolher as respostas
1: [[VEREDITO FINAL]]
2: [[UM HOMEM DE PARAQUEDAS]]
3: [[VEREDITO FINAL]]
4: [[CHAPADA DOS VEADEIROS]]
<<audio ":playing" stop>>
<<audio roar play>>
A onça avança com calma. Ela lambe os beiços.
Você sente o mundo roxo te engolir.
Aceitar o veredito: [[ANÚNCIO INICIAL]]
Aceitar o roxo que te engole: [[ROTA DO ROXO]]
<img src="https://live.staticflickr.com/876/41492905072_513938f616_b.jpg"><<audio ":playing" stop>>
<<audio roar play>>
A onça curva a cabeça. Algo se abre atrás dela: é Zelda, te esperando!
Você acorda na Chapada dos Veadeiros. Você escuta uma voz.
Ouvir Zelda: [[FOLHA EM BRANCO]]
Vasculhar seus arredores: [[ROTA TERRA RONCA]]
<<audio ":playing" stop>>
Querido diário,
Hoje é o ápice de minha carreira! Pintarei a tela que sempre sonhei maquiar!
(Florisbela para de escrever, se vira e vocês se encaram. Com um sorriso, ela lhe pergunta)
— Qual cor escolheremos para os olhos? Roxo?
O que você vai fazer?
Conversar com a maquiadora? [[ROTA DA MAQUIAGEM]]
Orar ? [[ANÚNCIO INICIAL]]
<<audio ":playing" stop>>
<<audio terror play>>
Tentei falar algo, mas não consegui abrir os lábios.
Senti que havia perdido completamente a autonomia do meu corpo. Entretanto, via tudo com muita clareza.
Aquele rosto, entusiasmado, com cor roxa na mão de aproximava de meu corpo e se afastava. Ela me levava o roxo aos olhos, às maçãs e à boca.
Eu não conseguia dizer nada.
Aonde eu estava indo? De onde eu tinha vindo?
Tudo estava tão confuso.
Lembro-me vagamente que minha amiga Joana iria promover o batismo de seu filho e eu fui convidado. Será que eu estava indo para lá?
A moça então começa a falar.
<img src="https://live.staticflickr.com/3042/2554267834_41c303d79c.jpg">
O que você quer fazer?
Se quiser ouvir a moça: [[O ESPELHO]]
Se quiser ficar calado, em oração: [[ANÚNCIO INICIAL]]
— Eu sempre sonhei em te maquiar, sabia?
Esses olhos atentos, esses dedos aventureiros... Mas e aí, me diz... Conseguiu...? Conseguiu... ajudar aquela professora? Hum?
Abre a boquinha...
— Então... Olha, vou te mostrar aqui no espelho, tá bom?
Olha que lindo... Olha que maravilhoso ficou...
Ah... Roxo...
O que você vai fazer?
Se quiser ficar calado, em oração: [[ANÚNCIO INICIAL]]
Se quiser continuar escutando a moça: [[A BRUXA DE MACBETH]]
Uma figura anciã entra na sala e sorri para todos no recinto. Seus pés mal tocavam o chão.
Quem era aquela?
Hecate? Uma das três bruxas de Macbeth? Uma águia? Eu mesma?
Algo nela me parecia extremamente familiar. Tentei perguntar o seu nome, mas não consegui.
Durante todo aquele tempo, a maquiadora também continuava conversando comigo, me contando segredos.
A velha sentou-se.
Olhava-me atentamente.
Havia carinho e respeito naquele semblante.
O que havia acontecido comigo?
Se quiser ficar calado, em oração: [[ANÚNCIO INICIAL]]
Se quiser continuar escutando a moça: [[A CONVERSA]]
A velha então caminhou até mim e, para minha surpresa, beijou-me o rosto e carregou meu corpo em seus braços até a porta.
Como era possível que uma senhora tão frágil me carregasse?
Virando-se para a Florisbela, a mística feiticeira disse:
— Você caprichou, hein! Caprichou nesse trabalho.
Florisbela, sorridente, respondeu:
— Obrigada, vovó.
Me carregando como se eu fosse uma criança, ela olhou por cima dos ombros e disse:
— Ó, se apronta que tem mais dois chegando aí. Parece que um moço... um tal de Dorival... e a sua namorada vêm hoje.
A velha acrescentou:
— Come aí. Esse é a comida daquele restaurante mexicano que você gosta.
Almoce, que hoje é dia de trabalho.
A menina então se aproximou de mim e me beijou a testa. Eu queria muito lhe agradecer pela maquiagem — mas não conseguia falar nada. Como se tivesse lido em meus pensamentos, ela olhou me e disse:
— De nada.
A bruxa e eu partimos.
Se quiser ficar calado, em oração: [[ANÚNCIO INICIAL]]
Se quiser continuar nos braços da senhora: [[REFLEXO NO ESCURO]]
Em seus braços, voamos: eu e aquela senhora.
Ao chegarmos ao templo sagrado, a anciã, com todo cuidado, deitou-me em meu leito e partiu.
Escutei o som e senti o peso de algo sendo colocado sobre mim. Tudo me aquecia e confortava.
E quando eu estava totalmente coberto, envolto de escuridão...
Eu vi.
Encarei o meu reflexo e o abracei.
Renascer: [[Zelda lhe encontra]]
<<audio ":playing" stop>>>
<<audio perigo play>>
Você se recusou a festejar depois do emprego. Nenhum aniversário ou divórcio valia a sua paz.
Você não hesitou e pediu um carro para o levar em casa.
O motorista não falou nada.
Você também não.
O GPS foi ligado.
E a corrida começou.
Vá para [[O RIO É LINDO]]
<<audio roar pause>>
<<audio roxo play>>
Você acorda.
Está deitado em algo úmido.
Abre os olhos e se levanta.
Talvez seja Terra Ronca. Talvez Veadeiros.
Diante de você, há uma caverna.
No chão, pegadas recentes.
As paredes brilham de longe.
Você ouve algo lá dentro e lhe parece vagamente humano.
O que pretende fazer?
<img src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/60/Terra_Ronca_-_Oi%C3%A1_Passarinhar.jpg">
Entrar na caverna: [[AS INSCRIÇÕES]]
Não entrar na caverna: [[FUGIR DALI]]
Zelda se materializa pelas laterais da página, trazendo consigo o verbo.
Uma voz lhe atravessa o peito como uma flecha dourada, vinda de alguma dobra temporal, e lhe indaga:
— Se você pudesse reescrever dois momentos deste livro, quais seriam? Por quê?
Escreva e guarde os seus finais dentro deste livro para mudar a sua realidade.
Você não entende o motivo, mas reescreve novos futuros.
<img src="https://live.staticflickr.com/7163/6507071701_6ca8c60cb6_b.jpg">
Sua reescrita alterou inúmeras dobras do tempo.
Para mudar o passado [[ROTA DE SALOMÉ]]
Para mudar o futuro [[ROTA O RAPAZ, O PASTOR E O DEMÔNIO]]
<<audio ":playing" stop>>
<<audio salome loop play>>
Ao terminar a minha reescrita, sinto que brilhos começam a me rodear no ar. O vento, antes sutil, começa a girar em espirais cada vez mais rápidas, até que se forma diante de mim um ser imenso, um demônio de areia galáctica.
Uma figura se materializa: É Salomé!
Ela carrega nos olhos o peso de mil existências e parece ter atravessado incontáveis palcos e dobras do tempo. Sua presença irradia uma força trágica e sagrada.
Ela me encara e diz:
— Acredito que você é o responsável pela reescrita. Ouça bem, pois preciso de você.
Ao criar os seus finais, você me reescreveu. Na minha história, eu morri naquele palco. Ao entrar naquele teatro, fui assassinada e não havia plateia suficiente para o meu renascimento. Meu espírito saiu então à sua procura. Estou aqui agora para lhe implorar: reescreva minha história.
Escolha:
Convencer Salomé a perdoar Victor [[O PERDÃO]]
Convencer Salomé a invadir o palco [[SALOMÉ INVADE O PALCO]]
Convencer Salomé a matar Victor [[SALOMÉ DECIDE MATAR VICTOR]]
<<audio default stop>>
<<audio terror play>>
Em um piscar de olhos, você percebe que está diante de um fantasma. Um moço, ou melhor um ser, o encara com olhos suplicantes. Você sente que já conhece aquilo que se manifesta na sua frente.
Ele implora:
“ Finalmente... encontrei aquele que escreve a história... pessoalmente. Não lhe peço que mude o passado o meu passado, mas o imploro que me ajude a reescrever o meu futuro.
Nesta dobra do possível, o espírito que me possuiu ainda me devora. Então me diga: que devo fazer para exorcizar o demônio que habita mim?
Você tem duas opções:
Fugir: [[ANÚNCIO INICIAL]]
Sugerir que ele procure um igreja: [[IR À IGREJA]]
<<audio ":playing" stop>>
<<audio cry play>>
REVELAÇÃO DO BEBÊ
Inclinando meu pescoço disfarçadamente, olhei a criança no berço! Mesmo de longe, não pude deixar de notar que o bebê parecia não respirar. Antes que eu pudesse fazer qualquer comentário, ouvimos um barulho que rapidamente começou a crescer.
Era o choro da criança! Pedro chorava?
Joana caminhou até o berço e, ao chegar, se abaixou e pegou seu filho em seus braços.
Começou a niná-lo delicadamente.
Olhei ao meu redor e percebi que Florinda parecia não notar o mesmo que eu, mas o bebê que chorava — aquele mesmo nos braços da mãe — não abria sua boca.
E daquele dia não me lembro de mais nada.
ir para : [[ANÚNCIO INICIAL]]
<<audio ":playing" stop>>
Aquele ser roxo se aproxima, mas você não foge.
Ele começa a lhe envolver e, apesar do medo, você decidiu ficar.
Frente a frente, vocês se olham.
Maravilhado, você desperta como se de um sonho.
Sem explicações, você se sente iluminado pelo roxo.
Ir para: [[ANÚNCIO INICIAL]]
<img src="https://live.staticflickr.com/876/41492905072_513938f616_b.jpg"><<audio ":playing" stop>>
Algo roxo entra pela sala — e você o viu!
Você não conseguia distinguir se aquele ser à sua frente era um deus, um animal, um demônio, um alienígena ou um espírito qualquer.
Atormentado, você tenta correr, mas o roxo o alcança e o invade pelo umbigo.
Você acorda na Chapada dos Veadeiros.
Vá para [[CHAPADA DOS VEADEIROS]]
<<audio ":playing" stop>>
Salomé se cansa de suas tentativas de dissuadi-la.
A poeira ao redor dela se move como se o ar estivesse em fúria. Desdenhosamente, Salomé te encara e diz:
— Você não era quem eu procurava.
Então se desfaz. Lentamente, seu corpo se dissolve e desaparece.
A sala se esfria.
(text-colour:magenta)Tudo o que você vê, a partir de agora… é roxo.
[[ROTA DO ROXO]]
Ao entrar naquele teatro, já havia decidido que não iria morrer.
Entrei pelos fundos do teatro e, decidida a matar Victor, invadi o palco. Sem pensar duas vezes, avancei para a cena e atirei. Infelizmente, nunca havia pegado numa arma antes e errei o meu tiro.
Victor, entretanto, não errou o dele.
Para o meu horror, Victor estava com a arma apontada para Anderson. Ele atirou. Três disparos.
Anderson caiu em cena e o público se emocionou. Todos estavam em estado de nirvana, como se estivessem imersos em uma peça de arte.
“Que tremenda atuação!”, disse uma voz na plateia.
Não consegui matar quem eu pretendia, mas matei o meu amigo! Mais tarde, a polícia chegou ao local e me levou para a delegacia.
Vá para: [[CASA VERDE]]
Salomé abre um sorriso triste. Os fragmentos cósmicos ao seu redor giram em espiral, como se agradecidos.
— Obrigada. Você me ajudou a escrever minha história.
Ela pisca, e o cenário muda. Vocês agora estão dentro do teatro.
— Sabendo que Victor tinha intenções de matar Anderson, escondi-me entre a plateia. No instante em que ele levantou a arma, eu me levantei também. Três tiros.
Ouvi os estalos e vi Desdêmona com a arma em punho.
Victor morto caiu antes que pudesse atirar.
Salomé abaixou a cabeça. A peça havia terminado e a grande dama do espetáculo sentou-se entre a plateia.
Ela iria esperar a chegada dos policiais.
→ Vá para: [[CASA VERDE]]
<<audio ":playing" stop>>
Os policiais chegaram ao teatro e tivemos todos que nos apresentar perante a lei.
Durante o interrogatório, tentei ser sincera e lhes expliquei como eu havia chegado ali. Falei sobre as dobras do tempo, a reescrita, os s, a minha morte e meu renascimento. Contei-lhes como tudo já havia acontecido e como era eu quem deveria ter morrido. Eles se entreolharam e não disseram nada. Consideraram-me louca, e eu vim parar aqui: um hospital de paredes verdes. Neste luxuoso hotel, divido o quarto com um rapaz que diz se chamar Zelda.
Apesar de tudo, sobrevivi.
Para mudar mais uma história, vá para: [[ROTA O RAPAZ, O PASTOR E O DEMÔNIO]]
Para continuar procurando Isabel: [[ANÚNCIO INICIAL]]
Para conversar com o rapaz: [[Encontrando Salomé]]
Na porta da igreja, lhe encontra o pastor: um homem que havia entrado na religião há poucos anos, mas que agora parecia ter se encontrado nos dízimos e nas ofertas.
Ao vê-lo, percebe-se que ele já sabe do que se trata e diz:
— Veio aqui novamente, não é? Vamos... temos que tirar o demônio de você.
Você prefere ouvir o líder religioso? Acha que ele pode exorcizar o demônio que lhe atormenta?
Seguir o pastor: [[O EXORCISMO]]
Você segue o pastor.
Ele coloca a mão sobre sua cabeça e começa a orar.
No momento em que ele começa a oração, você se sente sufocado. É como se a presença daquele espírito, aquele demônio que se passava por Álvares de Azevedo, estivesse prestes a possuir seu corpo novamente.
O cheiro é insuportável.
A sala toda fede.
Você já não sabe se aquele cheiro vem de você ou do próprio pastor.
O demônio começa a rir em seus ouvidos. Você tenta gritar, mas quem habita o corpo do rapaz não é mais você...
A entidade — afinando a voz, debochada — sussurra, repetidamente:
— Vinte.
Vinte.
Vinte...
O pastor, assustado, intervém:
— Vinte o quê, Satanás?
Como você irá escrever esta história?
Para ouvir o que o demônio vai dizer: [[O PASTOR COMEÇA A ORAR]]
Fugir: [[O QUE SAI DE VOCÊ]]
A oração
<<audio default stop>>
<<audio demon play>>
O pastor começa a orar. Coloca as mãos sobre sua cabeça e murmura palavras em voz firme, quase forçando autoridade:
— Em nome de Jesus, sai!
Mas o demônio não se intimida.
Ele abre os olhos dentro de você. Sorri. Debocha.
Subitamente, ele grita com vozes de anjo:
— Eu o vi.
Eu vi.
O pastor hesita. Ele sabe que o espírito estava falando diretamente com ele.
— Saia! Saia em nome de Jesus!
O demônio insiste, agora com mais clareza:
— Eu o vi naquele dia.. naquela sauna.
O pastor gagueja. Tenta disfarçar. Olha para os lados. Finge que não ouviu e baixinho diz:
— Eu... já fui liberto! Em nome de Jesus!
Mas o demônio apenas sorri, sádico:
— Mas eu te vi lá semana passada.
O silêncio é denso.
O pastor engole seco.
— Me... me libertei hoje, nesta manhã.
A atmosfera na sala oscila entre o sagrado e o grotesco.
Gargalhadas começam a ecoar — do demônio ou suas? Você já não sabe mais.
Mesmo assim, o pastor tenta continuar a oração, fervoroso e apavorado.
— Deus é... Deus é fiel...
Mas a autoridade já não lhe pertence. Ele não conhece Deus
O que você irá fazer?
Continuar com o exorcismo: [[O SEGREDO]]
Correr: [[O QUE SAI DE VOCÊ]]
<<audio thriller play>>
Você tenta recuar.
Mas o demônio que habitava em você… o paralisa.
Algo começa a sair da sua boca.
Você não sabe o que é.
Você continua andando. Caminha, mas para ao sentir algo o puxando... e então vê:
Fios de cabelo!
Fios e fios, saindo da sua boca!!
Impossíveis!!!
Infindáveis!!!!
O pastor também não sabe o que fazer, mas continua sua oração.
As madeixas se espalham pelo chão da igreja, pelas paredes, pelo teto. Elas se erguem e, de repente, se enroscam no pescoço do pastor que, como casca de ovo, explode!
E você…
Quanto mais tenta escapar daquele lugar, mais o cabelo o segura. Até que, finalmente, os cachos negros crescem o engolem.
Você percebe que ainda está de frente à Zelda.
ir para [[FOLHA EM BRANCO]]<<audio default stop>>
<<audio demon play>>
O diabo se esbalda de gargalhadas. Não uma risada comum, mas desdenhosa, venenosa, que invade nossos espíritos.
Ele diz:
— Mas eu tenho um segredo… Um segredo que quase ninguém sabe... O pastor empalidece. Fica mudo. Amarelo. O suor escorre por sua testa. Gelado. O demônio o encara e, agora com voz precisa, dispara:
— Eu estava na farmácia. Eu fui a mão que lhe vendeu o que você colocou na água dela.
O pastor fica pálido e começa a tremer. Primeiro nega com a cabeça, depois com a voz — mas é incapaz de pronunciar qualquer palavra.
O que você vai fazer?
Você decide ficar: [[A LÍNGUA DOS ANJOS]]
Você tenta fugir: [[O QUE SAI DE VOCÊ]]
<<audio default stop>>
<<audio laugh play>>
Em puro estado de êxtase, o espírito zombeteiro dentro de mim se regozija com o homem de Deus. O religioso, desesperado, começa a ora fervorosamente.
Volto ao meu corpo por um segundo. Aliviado, olho ao meu redor e agradeço a Deus pelo milagre.
O pastor sorri, vitorioso e diz algo na língua dos anjos.
Então sinto algo na garganta.
Engasgo, e levando as mãos à boca percebo que um fio do meu cabelo havia se prendido ao meu dente.
O pastor se aproxima.
Então percebo não um, mas inúmeros fios de cabelo saindo de minha boca!
Não só dela! Sinto cabelo crescendo pelas orelhas, narizes, até pelos olhos!
Em um instante, metros e metros de cabelo saem de meu corpo.
O cabelo preenche a sala e os demônios começam a rir em coro. Juntamente com os gritos do pastor, que retomava a oração em línguas desconhecidas, ouvem-se infinitas vozes diferentes! Uma sinfonia ao avesso!
Pouco a pouco, como se fossem alimentadas pelo medo do pastor, longas madeixas se enroscam em seus pés. Lentamente, cobrindo-lhe as pernas e subindo até o torso: o cabelo o domina.
Paralisado, continuo a expelir fios até que eles cobrem a sala inteira. Subitamente, os gritos do pastor são abafados. Eu estava de frente a um casulo humano.
Finalmente há silêncio.
Eu apago, mas meu cabelo se alastra.
A entidade celebra.
Você pode tentar salvar o pastor: [[O HORROR]]
Você pode ir para casa: [[JONATHAN]]
<<audio thriller play>>
Ao olhar para cima, fui pego por uma visão que nunca esqueci.
O meu cabelo, que agora ocupava a sala inteira — do chão ao teto — se enroscava ao redor do pastor. Já não podia mais ver seu rosto, seus dedos, sua pele. Nenhuma parte do ministro era visível. Ele estava dentro daquele casulo capilar.
Ao caminhar até o corpo, tentei tirar os fios que agora tampavam-lhe a boca e o nariz. O que eu vi soterrado debaixo de madeixas mil ainda me aterroriza...
Ossos!
Onde deveria haver um homem, restava o esqueleto. Coberto de estranha poeira luminosa, a caveira estava vazia – se não fosse por uma moeda de ouro que brilhava, escondida em sua boca.
Assombrado, fui para casa. Naquela noite, eu li um livro.
Ajudar Salomé: [[ROTA DE SALOMÉ]]
Reler o anúncio inicial: [[ANÚNCIO INICIAL]]Acordei e vi que meu cabelo havia, aparentemente, coberto o pastor. Tudo naquela sala estava envolvido pelos fios de minhas entranhas.
Algo em mim sabia que aquela visão era uma aberração esculpida pelo inferno, mas me senti, de alguma maneira, vingado.
Saí à rua e fui à minha casa. Meu namorado, Jonathan, cantava. Eu, feliz, me juntei a ele.
Curiosamente, eu decidi não lhe contar nada sobre o meu dia: o demônio que habitara em mim e o pastor faziam parte do passado.
Naquela noite, comemos chilli, ouvimos Maria Callas e fomos felizes.
Antes de dormir, retirei um livro que escondia há anos e li "Lira dos vinte anos".
Ouvi um barulho estranho, uma voz de mulher... devo abrir a janela para ver o que há lá fora ou ler meu jornal?
Ajudar Salomé: [[ROTA DE SALOMÉ]]
Reler o anúncio inicial: [[ANÚNCIO INICIAL]]O carro seguia pela cidade.
O Rio de Janeiro estava maravilhoso. Os barquinhos no caminho rumo à Niterói embelezavam a ponte.
Você sorriu, aliviado.
Aquela festa, aquela criança, aquilo... tudo parece um delírio de Joana.
O motorista apenas dirige.
<img src="https://live.staticflickr.com/4100/4869448328_4df32c05e9_b.jpg">
Vá para [[O CAMINHO ESTRANHO]]
Você começa a perceber que estão saindo da rota.
O GPS continua em voz firme:
“Vire à esquerda.”
“Continue por 4 km.”
O motorista obedece. Você não fala nada mas percebe que tudo mudou.
Vá para [[NOTÍCIA DO SEQUESTRO]]
No rádio, uma voz baixa:
“Últimas notícias: o jovem sequestrado ontem...”
Você não ouve o resto. O peito aperta e você toma coragem:
— Moço, pode recuar? Pode mudar o caminho?
O motorista olha pelo retrovisor.
Os olhos dele estão calmos demais.
— Não tem como recuar. A rua é toda muito estreita. — O motorista retruca.
A voz do moço era idêntica à do GPS.
O carro seguiu.
Ir para: [[RECUO IMPOSSÍVEL]]
— Moço... tenta voltar, por favor.
O motorista suspira.
— Aqui é perigoso demais. As ruas são muito pequenas. Aqui não dá pra voltar.
As janelas estavam todas fechadas, mas os olhos estavam abertos.
O carro freia.
Três figuras bloqueiam o caminho.
O que você irá fazer?
Não reagir: [[O ASSALTO]]
Pedir para o motorista recuar: [[PEDIDO DE RECUAR]]
Eles batem no vidro.
O motorista abaixa.
— Passa tudo.
Você passa. O homem ao volante também.
O que você pretende fazer?
Pedir para ele recuar: [[PEDIDO DE RECUAR]]
Tentar tomar o volante e recuar: [[O RETORNO]]
— Motorista, volta, por favor!
O motorista, concordando, o obedece.
Engata a ré.
Os três homens do lado de fora olham, desconfiados.
Eles atiram por precaução.
Precaução.
Tudo é roxo.
Vá para [[ROTA DA MAQUIAGEM]]
<img src="https://live.staticflickr.com/876/41492905072_513938f616_b.jpg"><<audio ":playing" stop>>
Você puxa o volante.
O motorista grita.
Um deles atira.
Você sente o peito abrir.
O mundo pisca roxo.
Tudo é roxo.
<img src="https://live.staticflickr.com/876/41492905072_513938f616_b.jpg">
Vá para [[ROTA DO ROXO]]
A caverna é fria e viva.
As paredes têm inscrições recentes nas paredes- sigilos, segredos. Alguém está tentando se comunicar.
Você escuta algo vindo de dentro da escuridão à frente. Seriam vozes? Você oscila e não tem certeza se aqueles sons eram humanos ou de algum animal.
O seu sangue esfria.
Você sabe que não está só. O que irá fazer?
<img src="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/fb/Incamachay_arte_Ruprestre_Oropeza_Chuquisaca_Bolivia.jpg">
Seguir o som: [[A MULHER]]
Recuar: [[FUGIR DALI]]
Você tenta voltar.
Mas há uma parede onde antes havia cerrado.
Uma frase escrita em sangue aparece na parede.
“Jesus voltará... por dentro.”
Você sente o ar te sufocar.
Tudo começa a ficar roxo novamente.
Vá para [[ROTA DO ROXO]]
Seguindo as escritas na parede, você adentra a caverna. Após alguns passos, você se depara com uma mulher. Suas roupas, antigas e velhas, estavam em farrapos e expunham seu corpo magro. Em pé e insistentemente raspando os dedos sem unhas nas paredes, como se escrevendo runas em sangue, a mulher sussurra, repetindo, como quem reza:
“Jesus... ”
Então, você o vê: aquele rosto familiar atrás da mulher. Ela o encara e grita. Ela não, ele! O som, aquela voz, só pode ser daquele ser escondido nas trevas, mas vem de dentro da mulher!
Você prefere:
Tentar Resgatar a mulher: [[A REVELAÇÃO]]
Recuar: [[A ESCAPADA]]
<<audio demon play>>
Ignorando o que se escondia atrás da mulher, você corre até ela como se tentando acordá-la de seu estado de transe: mas percebe que aquilo não é humano.
O rosto nas sombras é liso: não há mais boca, olhos, cabelos, nariz.
Apenas um coroa de espinhos roxos ornamenta aquela cabeça sem feições.
A mulher não se levanta e o segura. Seu toque era roxo.
Ela abre a boca e, com olhos lacrimejantes, lhe pergunta:
“ Filha?”
Você cai desacordado.
<img src="https://live.staticflickr.com/876/41492905072_513938f616_b.jpg">
Vá para: [[ROTA DA MAQUIAGEM]]
<<audio demon play>>
Você corre.
Mas o som não para.
Quando respira novamente, o céu está violeta.
Há líquido nos seus lábios.
Tudo é roxo. Jesus te alcançou.
Vá para: [[ROTA DA MAQUIAGEM]]
<img src="https://live.staticflickr.com/876/41492905072_513938f616_b.jpg"><<audio default stop>>
<<audio love play>>
<<audio dog play>>
Otávio abana o rabo e sorri. Seu olhar é calmo, mas profundo:
— Que bom que você me adotou! Agora quero lhe apresentar à minha antiga dona.
Leia “Um conto de fadas moderno” na obra "Dividir-me-ei em três" para conhecer nossa história..
Escolha:
Eu li o conto → Vá para [[A BENÇÃO DE UM ANJO]]
Não li o conto → Vá para [[NÃO LI O CONTO]]O olhar de Otávio se abaixa. Ele não insiste.
Você sente algo puxá-lo de volta.
Ir para: [[O JULGAMENTO FELINO]]
Pensar melhor e ler o conto: [[DAR UM NOVO FINAL À GAROTA]]
<<audio dog play>>
Uma brisa quente te atravessa. Otávio abana seu rabinho e Ângela se torna cada vez mais visível, feita de poeira cósmica!
— Obrigada por cuidar dele. Ele cuidou de mim. Agora cuidaremos de você.
Vá para [[CORAÇÃO]]Sua cabeça está embriagada de imagens fragmentadas, cenas picotadas, como se alguém tivesse editado seu passado.
Você não sabe se o que viu foi real, sonhado ou implantado.
Você mal consegue abrir os olhos, mas sente que não está sozinho.
Ao seu redor, há figuras... humanas?
Você as encara com o canto dos olhos:
Não tinham rostos. Eram apenas faces brancas, lisas. Cabeças de ovos em uniformes de autoridade.
Você sente um soco no estômago. Com a visão turva, você olha os céus e vê uma luz estranhamente roxa. Seria aquele Jesus?
Algo desce do céu, iluminado apenas pela luz roxa que vêm da lua.
E então algo se move.
Seu cabelo!
Você escuta gritos, berros, súplicas
Ao acordar, não há ninguém nada ao seu redor.
Você percebe alguns tufos de seu cabelo jogados pelo chão.
Vá para: [[ANÚNCIO INICIAL]]
<img src="https://live.staticflickr.com/876/41492905072_513938f616_b.jpg">Antes que consiga articular qualquer palavra, um homem ao seu lado se vira para você e comenta com um sorriso enviesado:
— Esse até que é bonitinho.
O policia no volante lhe indaga:
— E aí? O que você aprontou pra ser sequestrado, hein? O que você fez?
Você não sabe.
O policial da frente ri:
— Cuidado com os caras aí do seu lado, viu? Esse aí... come qualquer coisa que tem buraco.
Um dos homens do meu lado retruca, sorrindo:
— Buraco? Pelo o que a gente já viu, esse aí nem deve ter isso mais.
Você sente o carro seguir em silêncio.
Você precisa decidir:
Ficar calado: [[TUDO ERA ROXO]]
Tentar continuar a conversa e dizer que não entende o que está acontecendo: [[EU NÃO ENTENDO]]
— Eu não tô entendendo... o que tá acontecendo?
O policial do banco da frente se vira.
Você tenta ver seu rosto, mas sua face estava envolta de névoa.
Seus rostos eram como máscaras lisas, brancas, sem expressão salvo o sorriso malicioso.
Um dos policiais lhe encara, com cara de nojo:
— Eu também tenho um filho que é viadinho.
Vocês dois até que se parecem, viu? Puta que pariu.... Se meu filho virar viado, eu mato ele na porrada.
Você tenta se mover. O corpo não responde.
O motorista lhe olha e ri:
— Calma! Esse aí tá brincando, gente não discrimina, não. Eu já fui resolver caso até em sauna gay! Aqui o que vier a gente traça. Inclusive... a gente podia parar ali.
— Também acho! — Concordou um terceiro.
Você tenta abrir os olhos.
Tudo o que você vê são rostos sem rosto.
E armas.
Escolha:
Fingir que nada aconteceu, fechar os olhos: [[TUDO ERA ROXO]]
Tentar pedir ajuda: [[SEM RESPOSTA]]
Você tenta falar. Tenta pedir ajuda.
Olha para a policial que estava sentada ao lado do motorista, calada desde o início.
Seus olhos imploram socorro e misericórdia.
Mas ela simplesmente abaixa a cabeça.
Ela nunca esteve ali.
Você vira para o homem ao lado. Abre a boca, mesmo sem saber o que dizer.
Ele te encara com desprezo:
— Sai pra lá, viado. Tá querendo o quê?
O carro freia.
Seco. Rápido. Brutal.
A porta se abre e você é puxado para fora.
O chão está frio. A terra é úmida.
Você sente os joelhos ralarem, a pele arder.
A policial permanece dentro da viatura.
Fingindo que nada vê.
Escolha:
Tentar fugir correndo: [[CORRER]]
Ficar onde está, sem reagir: [[FICAR]]
Você sente medo e corre sem saber para onde.
3 homens de uniforme, sem face, te perseguem.
Você olha em direção à viatura.
A policial fecha os vidros e o observa pela janela.
Você abre os olhos e o terror toma conta.
Ao encarar as faces outrora vazias, você vê os rostos de seus sequestradores mais uma vez desenhados naquelas cabeça.
Você desiste de correr e seu mundo se desfaz.
Ir para: [[ROTA DA MAQUIAGEM]]Você não corre.
Você apenas cai.
As pernas falham.
A força acaba.
Tudo desmancha.
Você acorda.
Diante de você está uma mulher.
Diferente daquela no carro, esta te percebe,
Ela sorri como quem já te conhece há muito tempo e lhe pergunta:
"Pronto para a maquiagem? "
ir para: [[ROTA DA MAQUIAGEM]]
A conversa continua:
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Ir para: [[LIBERDADE DE SALOMÉ]]
Alguém abre a porta. Salomé e Danilo se levantam.
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ir para: [[ANÚNCIO INICIAL]]
Danilo abre um sorriso:
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Ir para: [[LABIRINTO]]
"Deixai toda esperança, vós que entrais."<br>
— Dante Alighieri, A Divina Comédia, Inferno, Canto III, v. 9
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[[ANÚNCIO INICIAL]]
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Ir para: [[LIBERDADE DE SALOMÉ]]<<audio ":playing" stop>>
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Pedir outro número: [[PEDIR BIS]]<<audio default stop>>
Zelda agradece suas palmas e elogios e se prepara para o seu próximo número.
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Pedir um último número: [[ZELDA ENCERRA SEU NÚMERO]]<<audio default stop>>
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Ao terminar seu número, Zelda agradece os aplausos e se prepara para sair do palco. Magicamente, a plateia começa a sentir tudo ficar mais leve, mas subitamente todos escutam uma voz ecoando dentro de seus corações.
Era ela. A verdadeira estrela da noite havia chegado: a maior inspiração de Zelda. Ela havia chegado para seu momento, se materializando no ar, como se fada fosse.
Todos se preparam para o que está por vir!
Continuar no teatro: [[Conhecer a convidada]]
Reler o anúncio inicial: [[ANÚNCIO INICIAL]]
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<<script>>
// Initialize audio manager
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<</script>>
Ao ouvir sua resposta, a onça ri e, lambendo os lábios, pula em você.
Entretanto, quando tudo já estava perdido, você escuta um barulho vindo do céu. É um homem de paraquedas fechado. Ele vem caindo pelo céu, como se controlasse o ar.
Magistralmente, ele lhe pergunta:
-Você disse "Cerrado Colorido"? Eu estive lá quando tudo começou. Quer conhecer um pouco desta obra?
A onça e o homem esperam sua resposta.
Se você quer conhecer o "Cerrado Colorido", vá para [[CHUVA NO CENTRO-OESTE]]
Se você prefere ignorar o homem, vá para [[VEREDITO FINAL]]
O homem te olha e diz, veja! Foi assim que Zelda começou!
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Quer ouvir mais poemas? Tenho todos escritos em meu paraquedas.
Se você quer conhecer mais sobre "Cerrado Colorido", vá para [[JERÔNIMA]]
Se você prefere ignorar o homem, vá para [[VEREDITO FINAL]] Continuemos, o homem misterioso abre seu paraquedas mágico e você vê um vídeo no tecido. Aquele não era um paraquedas qualquer: era uma colcha de retalhos de memórias preciosas.
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O homem ainda lhe oferece um último poema.
Se você quer conhecer mais sobre "Cerrado Colorido", vá para [[EXISTIR]]
Se você prefere ignorar o homem, vá para [[VEREDITO FINAL]] Você ainda não se move, impactado pela poesia. O moço sorri. Um novo texto começa, mas antes de mais nada, o rapaz que veio do céu lhe sussura um segredo: "Karla também venceu o roxo!".
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Você está atônito e lhe pergunta:
"Se Zelda escreveu tudo isso... por qual motivo ela mesma não lê os seus poemas?"
O moço gargalha e lhe diz baixinho:
"Zelda não gosta muito do seu primeiro livro... e um dia ela me disse que sozinha, ela era uma escritora, mas juntas, estas transformistas são um movimento, uma escola, uma rebelião! "
O paraquedas do homem se abre no chão e começa a voar tal como balão!
Você é deixado para trás e olha para a onça. O que iria acontecer agora?
Você sente uma luz roxa pairar sobre você. Vá para [[CHAPADA DOS VEADEIROS]]
Você exige falar com Zelda: [[Zelda e você]]
Se você prefere ignorar o homem, vá para [[VEREDITO FINAL]]
Você abre o pacote que Zelda deixou para trás. De princípio, parecia somente um pequeno pacote, mas ao abrí-lo, ele começa a inchar e aumentar de tamanho cada vez mais!
Misteriosamente, um homem minúsculo aparece de dentro do paraquedas, que outrora estava vazio.
<img src="https://live.staticflickr.com/2316/5705402197_a15407d08a_b.jpg">
O homem te encara e, com um sotaque estrangeiro lhe diz:
-olha! Eu tenho um filme bacana pra te mostrar. É sobre a Zelda, essa doida do labirinto. Quer ver? É um filme... e tem a versão com áudio em português e em English!
Você prefere ver o documentário ou pedir um transporte pra casa ?
Ver o documentário em português: [[A origem de Zelda]]
Ver o documentário em inglês: [[The Origin of Zelda]]
Ir para casa: [[ROTA DO TRANSPORTE]]
<<audio default pause>>
So you're bilingual, aren't you?
You should try and read "Voices from the South". Zelda wrote in English too...
Her fragments are everywhere!
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Do you want to read some poetry from "Voices from the South"? Zelda left me a few pieces. [[VOICES FROM THE SOUTH: POEM 1]]
Quer ver mais? Zelda preparou um show só para você: [[ASSISTIR ZELDA]]
<<audio default pause>>
O moço do paraquedas se entusiasma e via-se o brilho em seu rosto:
-Está pronto para conhecer este fragmento de Zelda? Produzimos este documentário antes dela tornar-se o verbo. Dizem que não existia o roxo nesta época...
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/zKmooaJdtwo?si=WFt3hBefDfgUZxog" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe>
O filme terminou.
Quer ver mais? Zelda preparou um show só para você: [[ASSISTIR ZELDA]]
Ou você prefere ver a versão em inglês? [[The Origin of Zelda]]
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</audio>
O homem abre o tecido velho de seu paraquedas e lê, em sua língua nativa, uma lista de poemas em inglês.
-Shhh! Listen well! These are a few of Zelda's writing in English!
This first one is pretty neat!
Sun over slums
At the exit of the Siqueira Campos subway station,
An ocean of young hungry faces awaits.
Their poverty-stained hands,
Brittle and dry as sun-bleached shells,
Rise at the sight of every ignorant tourist.
Tides of indifference crashing
Against sandcastles of delusion.
At Copacabana's edge, a mother bends-
Beneath the blaze; she blends
Into a sea of sellers and survivors
As she sells chá and churros by the shore.
An arrastão hits the sands and
Beachgoers scatter like oil spill,
Tainting the paradise -
Slowly, they slink back to their seats
To bask and bake near Yemanjá.
Contrasting to the luxury buildings by the coast
In the background, over the hills
Lies a forgotten jungle of houses
Each one stacked atop the last.
A movie set in real Rio
Under the sun-
A far-off witness
Who sees more
And burns us all:
That everlasting jewel,
Guaraci's crown.
Do you want me to read you 4 more? [[VOICES FROM THE SOUTH: POEM 2]]
If not, you can always come back later! Look, Zelda has prepared a presentation for you! [[Zelda no palco]]<<audio wind stop>>
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Magic
I think I might have loved you too much.
Believe you me—
There was no other way.
I carved out your eyes
So they’d only see me,
And stitched up your lips
With threads of jealousy.
I know you won’t tell anyone
How I kept your smile
By the butter—
Easy to scoop,
Easy to spread
On warm morning bread.
I folded your fingers
And carry them now—
Like napkins,
Like medals.
My trophies, somehow.
I may have gone too far,
I confess,
When I sliced off your arms
With quiet finesse,
Or pickled your feet
In the fridge for months
So you’d never run from me.
Not once.
Oh, love...
Perhaps I crossed the line
The very night I ate your heart—
Uncooked. Rare.
Still pulsing red.
But try to forgive me—
Cooking’s an art.
I’m sorry I broke your spine
And I laughed as you bled.
Did you hear it?
I hope you did.
I’ll admit—
I threw your brain away.
Straight to the trash—no delay.
So much for your
Ideas and plans—
I kept them all
In little jars and cans.
And now—
Now that I have you
Exactly as planned:
Whole,
Digested,
Boned,
And preserved—
I still don’t know why.
Why you never loved me
Like I deserved.
I think I loved you too much.
<img src="https://live.staticflickr.com/65535/51570494610_b711cc2ff5_b.jpg">
Do you want me to read you 4 more? [[VOICES FROM THE SOUTH: POEM 3]]
If not, you can always come back later! Look, Zelda has prepared a presentation for you! [[Zelda no palco]]<<audio wind stop>>
<audio autoplay controls>
<source src="https://www.dropbox.com/scl/fi/eqc9lja3cpu2ny806r6fo/Monuments-in-Centro-Oeste.mp3?rlkey=s0ayxwu5layy78jpjz7zzhmq2&st=wz9nqejw&dl=1" type="audio/mpeg">
</audio>
Monuments in Centro-Oeste
At the heart of the city
Stand three men,
Erecting a country.
Three races:
Black,
White,
Indigenous.
The tall monument testifies—
Tombs and tombs of erased nations,
Displaced children,
And greedy colonizers.
Another statue gazes at the future,
Rooted in a past of genocide.
A bandeirante, an old devil,
A flagging reminder
That we did not change.
Yet, they slowly crumble—
Birds shitting on the past,
Brazilians facing the future.
<img src="https://live.staticflickr.com/8296/29165573365_71953b0d5c_b.jpg">
Do you want me to read you 2 more? [[VOICES FROM THE SOUTH: POEM 4]]
If not, you can always come back later! Look, Zelda has prepared a presentation for you! [[Zelda no palco]]<<audio wind play>>
I must warn you, beware my kind new friend: these next poems are kind of sad and always make me cry. Zelda herself wrote these poems by hand on my old parachute.
I will give you two or three options from now on.
Do you want to read a poem called "Indigeneity". [[Poem Indigeneity]]
Do you want to read a poem called "Hunger". [[HUNGER]]
<<audio wind stop>>
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<source src="https://www.dropbox.com/scl/fi/62jbvnmzgqc9t077mrxyr/Indigeneity.mp3?rlkey=nzk98mjgh9ip0zrfw55j6qlx2&st=tt5h6e2q&dl=1" type="audio/mpeg">
</audio>
Here is the poem you chose:
Indigeneity
Living in a foreign city
Built on her own nation,
She watched her religion
First demonized—
Then later
Repackaged as legend.
Her gods and goddesses,
Ever-powerful beings—
Ancient,
Enchanted—
Now mingled together,
Disregarded,
Sold on television
By the children
Of those
Who had sacked
Her parents.
Stripped of her faith,
They took her roots as well:
Too indigenous to be Brazilian,
Too Brazilian to be Indigenous.
Perhaps she had more to lose.
Or maybe
She had already lost it all.
No—
She always had more to lose.
And,
As if it were 1500,
She decided to stay.
Now, pick your last poem:
[[NIGHTLY VISITORS]]
[[WEEKDAY]]
<<audio wind stop>>
Are you ready for this one? Do not be afraid at night!
Zelda told me this really happened to her once!
She tried to scream " Piedade", which means "mercy" in English, but her neighbors thought she was only saying the name of the neighborhood where she lived in Rio. Poor Zelda!
<audio autoplay controls>
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</audio>
Nightly Visitors
There is a cult communing in my dreams.
Immovable when I sleep, one by one
They come out to profane my mind:
Dressed in black and silence, consorting
With the yet invisible.
Back and forth, they slink around my bed,
Whispering words unknown in ancient tongues.
Indecipherable, they make me numb,
Holding hands, chilling the air.
They gaze at me through coals of blasphemy—
My blood boils and freezes at once.
Unable to run, I participate
In their unholy summoning
Of a cannibal beast that I shall birth
Myself, all alone:
No doctors or nurses to medicate.
I feel my flesh tear.
I hear their ghastly laughter.
The lights bear darkness,
And darkness bears light.
To their joy, I feel every contraction,
The hidden monster clawing out,
Biting its way through what my womb was.
Screaming without a sound. I die—
But my addiction goes on:
A sleeping pill, carefully prescribed,
Taken with a sip of water at 11 p.m.
To bring me peace.
And yet, they come to me
Every night.
you can go watch a concert Zelda prepared especially for you [[ASSISTIR ZELDA]]<<audio wind stop>>
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<source src="https://www.dropbox.com/scl/fi/ye1q51t634dekeaht7uy7/Hunger.mp3?rlkey=alwi1cld0cc4i8smx34xdk2dx&st=zp7svxwe&dl=1" type="audio/mpeg">
</audio>
Here is our final piece:
Hunger
When João’s pantry went empty,
He knew that old demon
Would soon return—
By his bedside,
In his thoughts,
Pressing down upon his gut:
Austere,
Stoic,
Paralyzing.
João was where he’d been
Many times before:
Day One.
That meager ghost
Came to feed
On his fleshless bones
As night fell—
And João could not help
But let it in.
It called João by his childhood
Nickname.
Its face was unknown,
But the grin was not:
Toothless,
Unable to bite,
Yet drooling
Acidic fluids.
It was a family member
That kept visiting
Again and again.
It had seen João
Rummaging through the trash,
Gobbling leftovers
Like a skunk—
So many times before.
And like a ritual,
Nobody cared
Anymore.
Each time the devil came,
It didn’t storm through the door:
It made itself at home—
Politely,
Politically,
Poetically.
The first day without food
Was painful.
The second, numb.
The third was unbearable.
The demon sat at the table
And gnawed the crumbs
Of João’s dignity.
His emptiness
Was a loneliness
Shared by many—
Yet still,
He felt it alone.
By the fourth day, João was weak,
But went to work.
On the fifth, he ate a little.
But he knew
That old visitor,
Dressed in sorrow,
Would stay the month.
And when the next day came,
He was back to the first—
And the visitor
Grinned
And licked its fingers
After yet another
Feast.
Now that we are done, can you write me a poem of your own in whichever language you like on my parachute ? I promise I will keep it forever as a treasure of this unique encounter of ours.
If you accept, go to: [[write a poem]]
Or, you can go watch a concert Zelda prepared especially for you [[ASSISTIR ZELDA]]
<<audio wind stop>>
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</audio>
Are you ready for this one? Are you holy enough?
Weekday
As soon as he woke up,
Reginaldo said his morning prayer as usual.
He picked up his holy book —
Hardcover,
Black,
With a cross and a rosary.
Reginaldo gave thanks for the daily bread
And asked for holiness.
That day was not a common one for Reginaldo.
He left the house
Nervous,
Late,
But the world around him seemed normal.
On the street, enemies stared at him
Seated on benches,
Once wooden, now thrones of flesh.
Succubi kissed succubi,
And incubi walked hand in hand.
He noticed horned men
Carrying their burdens with praise,
Smoking diseases,
Filthy pleasures.
Women with naked bodies in flames,
Faces painted and sculpted
In hot wax and raw flesh.
Addicted children walking through walls,
Drawing the beast’s symbol
On their foreheads.
Reginaldo boarded the bus
Burning in flames
Heading to the Paradise station.
Through the window, he saw
Fallen angels on sidewalks begging for alms,
Elder serpents with five heads
And forked tongues.
The world seemed in order to him —
There was sin and profanation
On every corner.
Upon arriving at work,
He greeted his boss:
A Mammonic devil,
Owner of countless circles
In the vastness of Hades.
Reginaldo went to the restroom,
Washed his face,
Felt the fresh water
On melting skin,
And saw his reflection:
He was the only human —
Holy,
Unblemished by sin.
He thanked God
And began to work.
you can go watch a concert Zelda prepared especially for you [[ASSISTIR ZELDA]]<img src="https://live.staticflickr.com/3382/3671497559_c1d96ae542_b.jpg">
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</audio>
Wow! You nailed it!
Your poem sure is better than the ones Zelda used to write way back when she started!
Thank you!
Then something starts to happen...
ir para: [[The open parachute]]<<audio ":playing" stop>>
<<audio cat play>>
Você percebe que dois gatinhos te olham fixamente. Ambos usam uma coleira e parecem ter dono.
Em uma das coleiras se lê "Luna" e na outra "Ramone". Luna é uma gatinha jovem, de pelos cinzas e de olhar cativante. Ramones é branco, com listras douradas.
Luna e Ramone o observam.
Luna tem um papel na boca e parece que quer lhe entregá-lo.
Ramone segura entre os dentes afiados o mesmo anúncio que você havia acabado de ler.
Prefere ler o papel o que Luna quer te entregar? É um convite de sua vizinha, Joana. Seu filho será batizado e você foi convidado para ser a madrinha/ o padrinho da criança.
Ir para [[Batismo]]
Escolher ler o papel de Ramone [[ANÚNCIO INICIAL]]<<audio default stop>>
<<audio cat stop >>
<<audio dog stop >>
<<audio joana play>>
Convite de Batismo
Com imensa alegria no coração,
Joana convida você para o batismo de seu amado filho, Pedro.
Este é um momento especial de fé e celebração, e será ainda mais significativo com a sua presença. Afinal, você é a madrinha/o padrinho favorito do nosso Pedrinho!
Data: Sexta-feira
Horário: 10h da manhã
Local: Em minha casa
Após a cerimônia, teremos um pequeno momento de confraternização.
Sua presença será um presente para nós. Aníbal, o outro padrinho de Pedro, estará presente e me disse que sente muitas saudades de você.
Confirmar presença. [[CHEGANDO AO BATISMO]]
Ignorar o convite e pegar algum tranporte para ir para casa [[ROTA DO TRANSPORTE]]
Aníbal o recebeu à porta e lhe beijou o rosto. Ele usava um termo elegante preto e lhe acompanhou até a sala. Joana se ergueu de sua poltrona para lhe cumprimentar mas parecia sem forças para ficar em pé. Todas as janelas estavam fechadas. O cheiro de pó pairava no ar, pesando os pulmões.
No salão, três figuras se reuniam:
Joana, vestida de lilás, com maquiagem roxa e com suas mãos inquietas, tomava chá de hibisco. Flordelis (acho que este era o seu nome) olhava para o chão e Aníbal, o gentil moço que havia aberto a porta, lhe encarava.
Você tentou se aproximar do berço para ver a criança, mas Aníbal se colocou à frente e disse educadamente:
— Ele está para dormir… estamos aguardando o pastor ou o padre chegar.
Joana apenas sorria, sem se mover muito. Parecia grávida, mas você sabia que não deveria perguntar nada.
Para inventar alguma desculpa e ir embora: [[ROTA DO TRANSPORTE]]
Para aguardar o líder religioso. [[ESPERAR]]
O relógio na parede marcava os minutos com um tique-taque irregular, como se tivesse medo de avançar...
Então, batidas apressadas na porta.
Aníbal se levantou e atendeu.
Do lado de fora, uma mulher simples havia chegado com uma triste notícia. Aquela era Janete, a vizinha.
— O pastor… não vai poder comparecer. Ele desapareceu da igreja e só acharam fios de cabelo no altar. Ninguém sabe onde ele está. Estamos todos em pânico. Sinto muito, mas não haverá batismo.
Aníbal fechou a porta devagar. suspirou e disse:
— Tenho uma ideia.
Aníbal caminhou lentamente até Flordelis e sussurou:
— Ouvi dizer que você é muito religiosa.
Flordelis ergueu o queixo e segurou um rosário que guardava consigo escondida.
— É verdade.
— Então batize o filho de Joana você, por favor! — Exclamou Aníbal.
Ela permaneceu imóvel por um momento, como se escutasse algo vindo de muito longe. Depois, sua mão deslizou sob o tecido do vestido e aceitou o pedido:
— Sim, continuemos pelo bem da criança.
Para inventar alguma desculpa e ir embora: [[ROTA DO TRANSPORTE]]
Para continuar: [[Continuar no recinto]]
<<audio cry play>>
Flordelis se virou para você.
O sorriso dela tinha a calma e a doçura de uma artista… mas também frieza.
— Traga-me uma vasilha com água, Aníbal.
Joana, ao ouvir isso, se iluminou de uma felicidade quase infantil. A vasilha estava num canto da cozinha, esquecida sobre uma mesa de madeira. O metal era frio ao toque, e havia um leve cheiro de ferro na água.
Você e os demais se posicionaram ao redor do berço. Joana segurou o bebê como quem segura um tesouro. Pedro começou a chorar.
Todas as mãos se encontraram, formando um círculo: Joana à sua esquerda e Aníbal à sua direita e Flordelis e o menino no centro.
Todos os olhos se fecharam, e o silêncio cresceu até ocupar todos os espaços da casa. Os berros da criança continuavam.
Quando você abriu os olhos, viu que Flordelis segurava um rosário estranho e o levava à testa do menino, que a esta hora já estava deitado imerso dentro da bacia com àgua.
Você pode se assustar e ir embora: [[Deixar Joana]]
Ou continuar até o final: [[Ir até o final]]
<<audio thriller play>>
Você percebeu que o bebê, imerso em água, chorava, mas não se mexia e nem respirava. A água do batismo parecia se dissolver e longos fios de cabelos, negros e úmidos, se enroscavam ao redor do corpo da criança, deslizando pelas bordas da bacia e rastejando pelo chão.
Você tentou quebrar o círculo e gritar, mas não se movia. Você estava preso como estátua. Ao olhar ao seu redor: percebeu o impossível! Ninguém ali tinha rosto!
Onde antes havia traços humanos, agora estavam apenas superfícies lisas e brancas, como porcelana polida.
Sem olhos, narizes. Sem bocas.
Todos estavam sem face.
Vazios.
Em pleno estado de pânico, você sentiu que alguém segurou sua perna. Eram pequenas mãos frias.
Você olhou para baixo e lá estava a figura pequena, pálida, sem rosto… era o bebê!
Ele subia lentamente pelo seu corpo, chorando sem abrir a boca. Até que você ouviu:
— Quero seu colo. Posso mamar?
E então tudo era roxo.
Ir para [[ROTA DA MAQUIAGEM]]
<<audio thriller play>>
Você conseguiu correr e desfazer o círculo, mas ao chegar até a saída: a grande surpresa!
Flordelis, Joana, Aníbal e o bebê continuavam imóveis, em oração, sem rostos.
Ao se virar e tocar a maçaneta, você percebeu que onde era uma porta, agora havia uma rede de rostos humanos vivos e decompostos estampados na madeira, como se houvessem sido costurados, fundidos, tatuados!
A porta estava viva e repleta de feições que respiravam ódio.
Apavorado, você tentou pedir ajuda, mas a sala subitamente estava vazia. Naquele recinto havia apenas você e a multidão de seres em sofrimento, presos nos limites físicos daquela porta.
Quando você achava que tudo estava perdido, Joana reapareceu sentada em um sofá no canto da sala. Ela acariciava sua barriga.
Ela só podia estar grávida! Mas onde estavam todos?
Pedro havia desaparecido, mas você ainda conseguia ouvir um barulho abafado de choro de criança...
Não podia ser!
O barulho vinha de dentro do ventre de Joana!
Em um movimento instintivo, você tentou abrir a maçaneta, mas sentiu o sangue esfriar ao reconhecer que alguns dos rostos espalhados naquele estranho objeto eram os de Anibal e Floredelis! Suas faces estavam coladas juntas aos rostos dos demais espirítos que, agora, sorriam para você. Então tudo começou a ficar escuro e Joana desapareceu.
As bocas dos milhares desafortunados em sua frente o engoliram, lhe devorando por completo.
Tudo se apagou.
Ir para: [[ROTA DA MAQUIAGEM]]
Ir para: [[ANÚNCIO INICIAL]]
<<audio ":playing" stop>>
<img src="https://live.staticflickr.com/3189/2430578382_098f445bdb_b.jpg">
De repente, você está em um teatro. Zelda aparece em pleno ar, envolta pelo brilho da poeira mágica de Isabel, como um espírito.
Você tenta se levantar e quer perguntar Zelda sobre seus poemas, mas Aníbal, um rapaz sentado ao seu lado lhe encara e diz:
"O show vai começar! Não é de bom tom atrapalhar um espetáculo.
Sentada à sua frente, Lucas, uma rainha trajando roxo, segurando um cetro milenar e ostentando uma coroa de luz violeta lhe olha de cima a baixo e lhe diz algo que parece responder à todas suas perguntas:
"Se não tem nada de bom para dizer, é melhor ficar caladinha e assistir... é tudo um jogo de linguagem".
Você tenta entender o que acontecia, mas quanto ouvia, mais confusâo havia.
E então, a música começa:
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Lucas e Anibal lhe olham e perguntam ao mesmo tempo:
Vai querer ficar até o final do show?
Para continuar: vá até [[O show não pode parar]]
Para ir embora, vá para [[ROTA DO TRANSPORTE]] Zelda sai de cena e troca de figurino! Lucas grita! Anibal vai à loucura.
Todas gritam: O SHOW NÃO PODE PARAR!
E o show continua. Você não ousa dizer nada porque não quer atrapalhar a plateia.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/tBHEaR8nxhc?si=1ZkozmRa1S5ugkxA" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe>
O público bate palma e Anibal bate cabelo pedindo bis. Lucas, compreendendo mal o pedido do rapaz, abre sua bolsa mágica e lhe entrega uma caixa de chocalates e o novo número começa.
Você quer continuar ou ir embora?
Para continuar no teatro: [[Bis,bis]]
Para ir embora: [[ROTA DO TRANSPORTE]]
Zelda olha para o cão e recita um poema.
Este poema faz parte de um livro chamado "Holofotes da Vida" e ele irá abrir esta performance.
Gira, gira
Verás que tudo mentira
Verás que nada amor.
(Yira, Yira, Enrique S. Discepolo e
Ghiaroni, 1961)
Ao som dos boleros, tangos nacionais,
Na vitrola, ressoam melodias em tons,
Ouvindo, discordo das canções banais,
Entre suspiros, lamentos e paixões.
Teu ser, prova de que nada é mentira,
Tudo é amor, até mesmo na ira ardente,
Teus lábios encontram os meus, fogo que gira,
Calor e paixão, num amor envolvente.
Teu toque, um tremor que me faz despertar,
Como dedos em meu corpo a vibrar,
E o calor evidente em cada fala tua.
Poesias não capturam meu sentir genuíno,
Mesmo elas, não revelam o divino
amor que em ti habita, a mais bela melodia.
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Você se encanta com o poema e com a apresentação. Zelda, agora descontraída, propõe uma charada. Se alguém acertar a resposta ao enigma, Zelda fará um último número.
Aceitar o desafio: [[charada]]
Ir embora: [[Ovos sem face]] Todos ficam em silêncio e então Zelda diz:
"É o seguinte, irei ler um poema de minha autoria.. Se alguém souber do que se trata o poema, eu faço dois últimos números seguidos!. Se ninguém acertar, me despeço com minha última dublagem."
Quando todos já estavam curiosos, Zelda começa a recitar:
A cabeça
Em meus aposentos, escondo uma careca cabeça
De olhar penetrante, lábios espessos e corpo oblongo
Capaz de encantar com seu olhar fixo e longo
Qualquer pessoa que em seu caminho apareça.
Ela cresce e encolhe, sensível ao toque,
Quieta e ereta, escolhe quando e em quem cospe.
De tão arrogante causa em alguns, certo choque
Pela sua estatura forte, e personalidade torpe.
Encabeça planos maquiavélicos,
Safados, satânicos e evangélicos,
E só se dá por satisfeita ao ser adorada,
reverenciada por uma alma apaixonada.
Sem pelos, sente-se invulnerável ao julgamento,
E entre seus cachos, potente se faz em qualquer momento
Vaidosa por natureza, pesada como uma clava,
Ela é absoluta entre todos, seja com madeixas ou calva.
Se caso vivesse sem este segundo crânio,
De certo, na vida não teria a astúcia e ânimo,
já que hoje é incerto onde está meu cérebro:
se na cabeça de minha face ou nesta que celebro.
"-E aí, sabem o que eu escondo? ", indagou Zelda com sorriso nos lábios de batom.
Para gritar junto com Aníbal :"Cabeça de Ovo!", vá para [[cabeca de ovo]]
Para se juntar a Lucas e dizer: "A Cabeça na vara". vá para [[cabeca na vara]]
Ao se levantar para ir embora, uma mulher desconhecida lhe chama pelo nome.
Você vira e a encara. Ela não tem rosto, nem cabelo, nem olhos, nariz ou boca. Você acredita que ela deva estar usando alguma máscara. Ela lhe entrega um bilhete: é o convite para o batismo do filho de sua amiga Joana!
Como você pôde se esquecer deste evento tão importante? Você rapidamente se dirige à casa de Joana para o batismo do bebê Pedro.
Ir para: [[CHEGANDO AO BATISMO]] E a resposta é:
<img src="https://live.staticflickr.com/4063/4246877777_f1ceffc8b9_b.jpg">
Zelda gargalha e diz:
-Vocês todos erraram! Não era nenhuma cabeça de ovo!
E quem não entendeu ainda o que é uma cabeça de ovo, pare tudo e vá ler a história de Adélia em "uma menina muito rica com uma cabeça de ovo"!
Eu recomendo pois Adélia é uma querida! Inclusive ela está aqui na platéia! Oi, Dedê!
-Agora encerro meu número com muito amor e carinho a todos! Um beijo e até a volta!
Lucas, Aníbal, Adélia, Mara, e você aí que eu não conheço muito bem. Obrigado pela presença!
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/IgiWd-DO3BE?si=Ij9G5-lUUGo0qisl" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe>
Ir para: [[ANÚNCIO INICIAL]]
E a resposta é:
<img src="https://live.staticflickr.com/4063/4246877777_f1ceffc8b9_b.jpg">
Vocês sabem bem o que é mexer com peruca! A resposta está certíssima. E vamos pro próximo número!
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/44_DabJbO_w?si=G--yK-Fr35SuE6Ik" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe>
Vamos continuar? [[coracao performance]]
Ir embora: [[Ovos sem face]] Zelda já um pouco cansada, toma um gole de água, pega o microfone e diz:
"Antes de continuar o meu próximo número, quero primeiramente agradecer a presença de todos!
Lucas, Aníbal, Adélia, Mara, e você aí que eu não conheço muito bem. Obrigado pela presença!
Mas e aí? Quem aí já correu atrás de um amor?
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ohVykNX-qzo?si=XS2SOu7O_vFQTHaw" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe>
ir para: [[ultimo número]] Espero que tenham gostado do show! Este é meu número final.
Entretanto, este não é o fim. É um "até logo".
Vejo vocês novamente quando conseguirmos coletar todos fragmentos de Isabel.
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/_TeK1KlbNTE?si=7lkkUom_txly9pbu" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe>
E com o final do espetáculo, Zelda some no ar.
Ir para: [[ANÚNCIO INICIAL]]
O rapaz olha Salomé e diz:
<audio autoplay controls>
<source src="https://www.dropbox.com/scl/fi/3t74csc97gq922twebrge/Encontrando-Salom.mp3?rlkey=1borqdcs5kz4xtbc6n4nueaun&st=fbaaw75g&dl=1" type="audio/mpeg">
</audio>
Ir para conversar mais com Zelda: [[O LIVRO]]
Assistir Zelda se apresentando no antigo Cassino da Urca, vestindo uma produção de Salomé : [[Zelda no palco]]
<div id="audio-player">
<div class="player-controls">
<<button "⏸">>
<<script>>
if (setup.audio.currentTrack) {
SimpleAudio.get(setup.audio.currentTrack).pause();
}
<</script>>
<</button>>
<<button "▶">>
<<script>>
if (setup.audio.currentTrack) {
SimpleAudio.get(setup.audio.currentTrack).play();
} else {
setup.audio.play("default"); // Default track
}
<</script>>
<</button>>
<<button "■">>
<<script>>setup.audio.stopAll()<</script>>
<</button>>
<div class="volume-container">
<span>🔊</span>
<input type="range" min="0" max="1" step="0.01" value="0.5"
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oninput="setup.audio.setVolume(this.value)">
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</div>
<div class="playlist">
<<listbox _trackList width="200px" height="150px" onChange="setup.audio.play(_trackList.value)">>
<<optionsfrom Object.keys(SimpleAudio.assets)>>
<</listbox>>
</div>
<<button "▼ Playlist ▼" class="playlist-btn">>
<<script>>
$("#audio-player .playlist").toggleClass("visible");
<</script>>
<</button>>
</div>
Após ler o conto de Ângela e conhecer sua história, você sente o amargor da vida real tingindo seus lábios. Não lhe parecia justo que os sonhos daquela menina tivessem sido ceifados tão cedo.
Lágrimas escorrem pelo seu rosto. E, dessas lágrimas, um espírito se materializa: é ela — é Ângela.
Ângela então lhe diz:
— Querido leitor, peço a sua ajuda para mudar a minha história. Você pode reescrever as dobras do possível. Então, reescreva a minha vida.
E Otávio parece lhe pedir o mesmo também com o seu olhar de jabuticaba.
Aceitar o pedido da menina: [[Mudar a narrativa de Ângela]]
Achar que está alucinando e adotar o cachorro->[[A BENÇÃO DE UM ANJO]] Ângela acorda dentro de uma ambulância.
Ao seu lado, uma senhora muito idosa segura sua mão, enquanto uma moça com pincéis de maquiagem e uma paleta de tintas roxas a observa em silêncio.
Quando Ângela pisca seus olhos novamente, percebe que não havia nenhuma daquelas pessoas ali. Era como se aquelas mulheres nunca tivessem estado lá.
Na verdade, a menina não estava só, mas acompanhada apenas de dois enfermeiros, um de cada lado.
Ela respira fundo.
Ao chegar ao hospital, foi acolhida e permaneceu internada por algum tempo, mas, depois de uma semana recebeu alta.
E, ao sair, reencontrou a mesma rua de antes: fria, solitária... mas Otávio estava lá. No mesmo local de sempre!
Alguns dias se passaram e um rosto conhecido a encontra.
Conversar com a pessoa: [[Rota da Bailarina]]
Ângela caminha pela rua e vê uma mulher se aproximando. É a bailarina.
A mulher, emocionada, a abraça e lhe diz:
— Nossa, minha querida, pensei ter perdido você por um momento. Não consegui tirá-la da cabeça! O que aconteceu?
O que a garotinha deve fazer?
Ela pode falar com a bailarina: [[Falar com a bailarina]]
ou
Ignorar a mulher: [[Não falar com a bailarina]]Depois de um longo abraço, a artista pergunta se a menina estava com fome.
Ângela, faminta, é levada até uma padaria de esquina.
Enquanto partilhavam o pão ainda quente, a conversa surgiu leve.
Como qualquer criança, Ângela contou tudo sobre sua vida.
A jovem adulta, vinda de uma família abastada, ouviu em silêncio — sem saber ao certo o que sentir.
Movida por um impulso doce, convida Ângela, e também Otávio, para irem a sua casa.
A princípio, a menina recusa, dizendo que não tem roupas adequadas.
Mas então, a voz suave responde:
“Mas eu sei… não era seu sonho ser dançarina?
Você não tem roupa porque suas roupas já estão guardadas na minha casa.”
Os olhos da garota brilham.
Você deve ir para a casa da bailarina: [[ADOÇÃO]]
Ângela se recusa a falar com a dançarina.
O motivo, nem ela mesma sabe ao certo.
Talvez porque aquela mulher, já adulta, tivesse sido salva por uma garotinha em situação de rua e, em troca, lhe dera apenas um trocado... ou, quem sabe, pelo trauma de ter partido uma vez sem ninguém ao lado para lhe consolar.
Seja como for, Ângela não queria abrir a boca diante dela.
Ainda assim, a outra insiste com paciência, tentando quebrar o silêncio.
A menina pode:
Ceder e falar com a bailarina: [[Falar com a bailarina]]
ou
Insistir em não falar com a bailarina: [[Manter silêncio]] A bailarina insiste em falar com Ângela, mas a garota a ignora. Irritada, a bailarina apela e pede para que a garotinha lhe dê ao menos o cachorrinho.
— Por favor, me dê o cachorro — ordenou a bailarina. — Eu posso pagar comida, posso pagar a ração que você quiser, posso pagar o que for. Você pode ficar na rua e deve até gostar disso. Ele não.
Sem muito a dizer, Ângela responde:
— Não. Meu cachorro eu não dou. Sem ele, eu não vivo.
A bailarina, tomada pela raiva, tenta arrancar o cachorro à força.
A criança começa a chorar; e, logo, todos transeuntes param para olhar a cena.
Com fúria, a bailarina e a menina entram em uma espécie de cabo-de-guerra e, preocupada com o cachorrinho, Ângela cede. A mulher adulta vence, mas se descontrola e lança o cachorro ao chão! O pobre animal grita de dor para o choque de quem assiste calado.
Enlouquecida, e envergonhada, a digníssima artista atravessa a rua, aquela mesma que havia cruzado dias antes quando conheceu Ângela. Sem olhar para os lados, não percebe o ônibus que se aproxima.
O impacto é imediato.
De repente, para a bailarina, tudo se torna roxo.
<img src="https://live.staticflickr.com/2143/2574954774_3215976c4e_b.jpg">
ir para: [[ROTA DA MAQUIAGEM]] A bailarina leva Ângela para passar a noite em sua casa.
Cuida dela com carinho, como quem protege um tesouro esquecido.
E, entre risos suaves e gestos de acolhimento, ambas encontram uma paz inesperada.
Assim, a bailarina e Ângela descobriram no afeto o caminho mais simples para a alegria.
E bailaram, desde então, felizes para sempre.
Ir para o início: [[ANÚNCIO INICIAL]] Você acorda em um salão de beleza, toda pintada de roxo, diante de Florisbela, a maquiadora. Sentada em um canto, uma velha silenciosa lê Macbeth. Você se lembra de pouco, mas sabe bem o seu nome: você se chama Vity.
.....
— O que está acontecendo comigo? Quem são vocês?— pergunta Vity, confusa, olhando tudo na sala.
Florisbela e a senhora se entreolham, mas nenhuma encontra coragem para responder.
Vity se levanta da maca. Como se nada tivesse acontecido, olha-se no espelho e comenta:
— Nossa… adorei essa maquiagem roxa! Obrigada pela maquiagem.
Florisbela sorri, agradece e se afasta. A velha permanece em silêncio.
Agora, Vity tem duas opções:
Questionar a velha novamente e pedir uma resposta: [[A revelação]]
Seguir com sua rotina e ir ao trabalho: [[Ir ao trabalho]]— O que aconteceu comigo? Me diz! — insiste Vity.
A velha finalmente responde, com voz firme:
— Você morreu, minha filha.
A jovem sente o choque. Tenta reagir, mas tudo se torna turvo… o mundo se pinta de roxo, e ela apaga.
Ir para: [[ROTA DA MAQUIAGEM]]
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Ao chegar ao trabalho, Vity encontra o bar vazio, somente Jonathan estava lá. Ela para e escuta seu chefe cantando, deixando a voz dele preencher o ambiente.
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Quando Jonathan termina, ele se vira. Desiludido e espantado, cai duro no chão.
— Mas o que está acontecendo? — grita Vity, indo ajudar o patrão, preocupada.
Ela tenta acudir Jonathan, mas ele não reage. Desesperada, pega um copo de água e joga no rosto dele. Jonathan acorda, assustado, mas ao ver Vity, desfalece novamente, tomado por uma confusão de emoções.
Mais uma vez, Vity joga-lhe na cara um copo com água gelada e Jonathan pula. Agora, desperto, ele confessa surpreso:
— Eu devo estar vendo coisa! Você já morreu!
Vity então lembra-se de tudo, de seu trabalho, dos rapazes e do seu assassino.
Agora, Vity tem duas opções:
Procurar seu assassino: [[quem matou Vity]]
Aceitar que morreu e seguir o seu destino [[ROTA DA MAQUIAGEM]]
Vity imaginou que seu assassino iria voltar ao bar... e ao acordar Jonathan, lhe enganou dizendo houve um engano e que ela estava vivíssima. Isso o acalmou. Segundo Vity, a polícia achava que ela estava morta pela profundidade da facada que recebera, mas não! Ela havia sobrevivido.
Seu chefe, acreditando na garota que agora estava viva, em sua frente e pintada de roxo, a colocou logo para trabalhar.
O bar iria abrir em breve e Vity mal podia esperar para reencontrar aquele que ela tinha certeza que a havia matado: Vinícius...
O criminoso só poderia ser aquele moço com quem ela havia discutido... ela o esperou no canto do bar até que o viu! Ele havia sido o primeiro cliente a chegar no estabelecimento e já havia pedido um suco.
Vity pode:
Aceitar que está morta: [[ROTA DA MAQUIAGEM]]
Ir até Vinícius : [[Vinícius]]Quando Vity vê Vinícius sentado no bar, um arrepio a atravessa. A luz roxa que banha o salão recorta o rosto dele de um jeito terrível e familiar. De repente, memórias vêm à tona como lâminas: o hálito de uísque, uma gargalhada abafada, a sombra de um corpo sobre o seu.
Era ele. Não podia ser outro.
Sem pensar duas vezes, Vity agarra uma garrafa de bebida e a quebra contra a cabeça de Vinícius. O vidro estilhaça, mas ele não grita. Apenas a encara, trêmulo, e murmura:
— Você também?
Confusa, Vity vacila. Se ele fosse o assassino, já estaria morto com aquele corte. Então a garota percebe algo impossível: Vinícius também está pintado de roxo, marcado pelo mesmo brilho espectral que ela mesma.
— Você… você também morreu? — pergunta, a voz embargada.
— Sim — responde Vinícius.
—Achei que tivesse sido você o meu assassino, mas, se estamos os dois mortos, então deve haver algum serial killer nos rondando.
O silêncio pesa entre eles. Pela primeira vez, Vity admite a si mesma que sua lembrança talvez não fosse a verdade. Vinícius baixa os olhos, e depois diz:
— Esse cara vai voltar. Eu o sinto. Se matou um, matou dois… vai querer matar mais.
Vity respira fundo, ainda dividida entre ódio e desconfiança. Por fim, responde:
— Então vamos caçá-lo juntos.
Eles selam um pacto instável, unidos pela vingança e pela incerteza, determinados a enfrentar o assassino que os condenou. Ambos voltam ao trabalho.
Logo na entrada, uma mulher bonita que parecia trabalhar no bar chama a atenção de Vinícius...
Você pode:
Aceitar que está morta: [[ROTA DA MAQUIAGEM]]
Voltar ao trabalho : [[No trabalho]]
Conversar com a mulher: [[VIGIAR cliente]]Os dois se dividem e vão cada um para cantos diferentes do bar, observando todos clientes com atenção. Logo Vinícius percebe algo perturbador: Jonathan, o mesmo dono do bar, vai de mesa em mesa colocando um pozinho cintilante nas bebidas...algo que lembra glitter roxo.
Uma mulher bebe e começa a passar mal, sai cambaleando... e logo volta, transformada, com o mesmo brilho roxo no olhar. O crime estava resolvido.
A mulher recém-chegada, também pintada de roxo, passa a ser percebida por Jonathan. Jonathan sorri como se guardasse um segredo ou tivesse orgulho de algo.
Vity e Vinícius os observam em silêncio — agora eles entendem tudo.
Com precisão, Vity chama Jonathan de lado e tenta puxar algum assunto trivial, enquanto Vinícius aplica o mesmo pó roxo na bebida de Jonathan. Ele bebe sem desconfiar.
Os efeitos são imediatos!
Jonathan engasga, seu corpo desfalece, e ele desperta logo depois... vestido de violeta, como vários outros de seus clientes.
Jonathan já não sorria mais.
Ir para: [[ROTA DA MAQUIAGEM]] Vinícius e Vity entram no bar e passam a noite inteira observando cada cliente, cada gesto estranho.
De repente, notam uma mulher com maquiagem muito parecida com a deles: brilho roxo nos olhos, batom levemente lilás e um vestido provocante da mesma cor.
Ela trabalhava ali no bar, mas ninguém parecia conhecê-la de verdade — e, ao mesmo tempo, todos a tratavam como se fosse íntima, uma garçonete amigável. Aquilo tudo era muito estranho...
Vinícius e Vity a observam em silêncio e, aos poucos, percebem que conhecem aquela mulher de algum lugar. Vity então se lembra: um corpo também havia sido descoberto no dia em que ela morreu... ERA ELA!
Disfarçadamente, os espíritos acompanham os movimentos daquela entidade e, sem demora, notam algo suspeito: ao servir os clientes do bar, a estranha moça dirfaçadamente sempre deixa cair uma pílula roxa em cada bebida.
Quando ela percebe que está sendo observada por Vity e Vinícius, se assusta. Entretanto, ela mantem o sorriso e continua a despejar, desta vez, um pozinho roxo no suco de amora de uma cliente desatenta.
— Ah, meus queridos, eu sabia que vocês viriam!
Vinícius e Vity se olham incrédulos.
— Você é louca? — perguntam. — Você nos envenenou? Você não era aquela mulher que a polícia disse que haviam matado aqui por perto?
Eles gritavam mas ninguém ali os ouviam ou viam. A moça responde com calma e raiva contida:
— Sim. Sou eu mesma... e eu tenho nome, tá. Me chamo Dill... Matei vocês dois porque estava sozinha e queria companhia. Esse lugar é triste de se assombrar sozinha. E outra… esse mundo é tão cruel... não concordam? Então, eu fiz um favor a vocês. Agora estamos aqui pra sempre e, como o leite já foi derramado e a vida de vocês também...
Ela estende a mão:
— Deixo a escolha a vocês: vão se juntar a mim... ou não? Ah, um show de drag vai começar agora... pensem bem e me respondam depois.
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Você pode:
Juntar-se ao espírito da mulher [[aceitar]]
Recusar a fazer parte do plano da mulher [[recusar]]
Ver o show da drag queen [[ASSISTIR ZELDA]] Vity se recusa a participar dos planos daquela entidade maligna em forma de mulher. Ela ainda tenta dialogar, pensar em argumentos para mostrá-la a beleza da vida e a necessidade de respeitar a existência do outro mas é tudo em vão. Fria, a assombraçao declara, com voz firme, que não pretende parar.
E assim, aquela entidade roxa prosseguiu, noite após noite, servindo bebidas brilhantes de sabores lilases aos que iam ao bar até que, um dia, o estabelecimento fechou as portas e aquela triste aparição foi esquecida.
Depois de anos vivendo naquele bar, Vity e Vinícius decidiram aceitar suas mortes quando tudo foi fechado - não como um fim, porém um começo.
Ir para: [[ROTA DA MAQUIAGEM]]
— Quer saber? Aceito. Vamos fazer mais amigos! — Vity murmura para Dill.
Uma mulher se aproxima da mesa do bar e chama a atenção de todos. Aquela era a mulher mais bonita daquele salão, completamente envolta em tecidos finos e perfumes de terras distantes. Um corpo elegantemente trajado de um vestido de amarração no estilo clásssico de corset senta-se à mesa, reluzente. Vity lhe encara e decide se aproximar. Vinícius não diz nada, como se apoiasse a decisão da mais nova amiga.
— Qual é o seu nome, rainha? — pergunta Vity.
— Jerônima.
— E o que uma beleza assim faz no meio de tanto "viado"?
— Sou costureira. Fiz o traje da drag que agora se apresenta. Vim apreciar a apresentação.
Enquanto o espetáculo avança, Vitty se inclina discretamente e deixa cair aquele mesmo brilho roxo no copo de Jerônima, que o bebe sem perceber.
A apresentação segue, intensa. Mas, no meio da performance, a dama de corset levanta-se, discretamente e dirige-se ao banheiro.
Quando retorna, seu rosto já está coberto por uma maquiagem púrpura, estranhamente delineada, como se tivesse brotado de sua própria pele. Vitty solta uma gargalhada clara, quase cruel.
— O quê? Por que ri? Há algo em meu rosto? — pergunta Jerônima, desconfiada.
— Sim — responde Vity, com serenidade cortante. — Morte.
Para conhecer mais de Jerônima, vá para: [[A oferta]]Jerônima se olha no espelho e vê sua boca e seus olhos pintados de roxo. Não se lembrava de ter escolhido aquelas cores para aquela noite e ao redor, algumas pessoas riam dela, como se compartilhassem um segredo que somente ela desconhecia.
— O que aconteceu? — pergunta, confusa. — De quem vocês estão rindo?
Três figuras se aproximam: Vity, Vinícius e Dill. Os fantasmas encaram Jerônima e lhe revelam a verdade — todos ali estavam mortos, transformados pela maquiagem púrpura: todos parte de algo maior, de um ciclo sem fim! Espíritos bebendo do mesmo antídoto.
Um suor gelado percorre o corset de Jerônima, que agora também estava pintado de roxo. Ela sempre soubera que aquele lugar era perigoso, mas jamais imaginara uma revelação como aquela.
Jerônima percebeu que não tinha mais pulso e seu coração não mais batia e então desmaiou. Assim que voltou a si e recebeu a mesma proposta de Vity: espalhar o roxo ao máximo que pudesse pelo recinto, por toda eternidade.
Agora, Jerônima precisa escolher seu destino:
Aceitar espalhar o roxo: [[Jerônima aceita]]
Recusar espalhar o roxo: [[Jerônima recusa]]
Jerônima decide se unir aos fantasmas. A princípio, sente-se fascinada pela força que os une: juntos, são capazes de influenciar o ambiente, de mudar destinos, de guiar passos alheios e criar eternidades. Zelda, a drag queen com quem tinha parceria, agora estaria dançando para todos sempre!
Com o desenrolar daquela noite, porém, Jerônima percebe que essa aliança fantasmagórica exige um sacrifício. Para alimentar o ciclo e expandir a raça de encostos boêmios, os espíritos precisam escolher uma vítima a cada noite. O nome de sua primeira vítima era inevitável: Bruna, uma garçonete que trabalhava ali e com quem mantinha uma longa amizade.
No silêncio de um brinde, Jerônima chama a amiga à sua mesa para conversar melhor e, sorrateiramente, deixa cair o pó roxo em sua taça.
Bruna toma seu vinho sem desconfiar de nada. Pouco a pouco, sua respiração falha, o corpo se curva, até que também se torna parte da irmandade.
Naquele instante, Jerônima deixa de ser apenas costureira e passa a ser parte do roxo.
Ir para: [[JERÔNIMA]]
<img src="https://live.staticflickr.com/876/41492905072_513938f616_b.jpg">Jerônima recusa os planos de Vity. Mesmo morta, Jerônima ainda carrega sua humanidade incolume. O que é uma pena... na opinião dos outros habitantes daquele bar peculiar..
E lá, noite após noite, os espectros se reuniam e se multiplicavam até que chegou o dia em que o bar fechou as portas. As assombrações que ali habitavam não tiveram outra escolha senão seguir para outras dobras do possível.
Todos se foram, menos uma presença: Jerônima.
Ali, naquele prédio vazio, Jerônima abriu o seu novo atelier e começou a trabalhar com suas novas encomendas de costura. Até que um dia, também se cansou e se foi.
Ir para: [[ROTA DA MAQUIAGEM]] Para finalizar a noite, Zelda convida a sua rainha, sua mãe drag, sua maior inspiração no Rio de Janeiro: Lorna Washington para uma entrevista.
Lorna exige falar com a plateia e então, Zelda e Lorna tomam suas cadeiras e terminam a noite com uma ótima conversa sobre uma certa dobra do possível em que aquelas figuras habitavam..
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Depois do papo,, Lorna pede para Zelda um último número e Zelda, obviamente, acata o pedido como uma ordem..
Para ver o último número de Zelda, fique até o final do show: [[Final do show]]
ou
saia às escondidas: [[ANÚNCIO INICIAL]] Para terminar o show, Zelda se apresenta mais uma vez.
O público bate palma em pé e glitter roxo cai do céu.
Lorna e Zelda então desaparecem em mil fragmentos cintilantes, para sempre a brilhar.
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ir para: [[ANÚNCIO INICIAL]] All of sudden, the queer man's parachute opened like a big ballon, inflating with air. Holding tight to the parachute, the man flew magically into the sky as he screamed:
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You also defeated the purple! Congratulations! Thanks for your poem!
I will keep it with me in all the destiny folds possible! We will meet again! Oh! Zelda told me to give you this invitation! Apparently someone is having a birthday party!
Here, take it!
Ir para: [[CONVITE DE JOANA]]